Em 2013, o setor de ovinos da Central Lanera Uruguaya (CLU) teve bons financeiros. O preço médio para todos os cordeiros híbridos com aptidão para carne abatidos de agosto a novembro foi de US$ 3,83 e US$ 3,78 para cordeiros pesados. Esses preços se aproximam muito aos melhores do período, evidenciando a potencialidade da negociação em conjunto.
Durante o ano passado, os preços no mercado uruguaio aumentaram semana a semana, explicado pela grande demanda dos dois maiores mercados: Brasil e China. O efeito também deve-se a entrada da carne ovina sem osso nos Estados Unidos, o aumento significativo de exportação de carne ovina à China e, por outro lado, uma maior devolução da cota à União Europeia (UE) por parte dos frigoríficos exportadores, porque os valores que pagava o mercado chinês eram melhores.
Com 18 anos de existência, o operativo ovinos da Central Laneira segue liderando a comercialização de cordeiros pesados, gerando mais e melhores benefícios para os produtores, como cobertura de risco de mortalidade após tosquia, segurança total de colocação, presença na planta, coordenação de embarques e garantia de entrada no frigorífico e assessoramento técnico de cordeiros e pastagens.
As inscrições para o operativo ovinos 2014 começarão em fevereiro, com um dos panoramas de mercado mais animadores dos últimos anos. Por um lado, prevê-se que a demanda da China continuará em alta e, no caso da carne ovina uruguaia, há muito mais para crescer, porque há nichos inexplorados. O México pretende triplicar a importação e, no caso do Brasil, a Copa do Mundo de Futebol elevará a demanda em 70%.
De acordo com o presidente da ABCOS, Bruno Garcia Moreira, o mercado brasileiro é um promissor consumidor da carne ovina e os criadores estão se preparando para atender a essa demanda, sobretudo os criadores de Suffolk, uma vez que é melhor raça para a produção de carne.
“Só neste ano, com advento da Copa do Mundo, a importação da carne ovina uruguaia deve crescer 70%, ou seja, o Brasil é, de fato, um mercado consumidor. Nesse sentido, os criadores de Suffolk que tem seu foco na produção de carne, estão se preparando cada vez mais para ter animais com ótimas carcaças e preços competitivos para, nos próximos anos, diminuir os índices de importação de carne do Uruguai para o Brasil”, explica Moreira.
Com informações do portal El País Digital.