De acordo com informações da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), o rebanho mundial de ovinos reduziu cerca de 8% nos últimos anos, o mercado internacional abriu espaço para outras nações produtoras, a exemplo do Brasil. Apesar do cenário, a ovinocultura nacional não deslanchou ainda, considerando que importa mais que exporta.
De acordo com a técnica adjunta do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em Goiás, Samantha Andrade, a carne ovina tem alto valor de mercado quando comparada às demais, o que inclui a bovina, tornando as negociações deste setor mais lucrativas. “A rentabilidade da atividade de ovinocultura se dá pela quantidade de arrobas produzidas, em menor espaço de tempo, do que na atividade de bovinocultura de corte, por exemplo, sem falar do constante preço alto da arroba do ovino”, destaca.
Segundo Samantha, o custo de manutenção de dez ovelhas, em um mesmo espaço onde é criada uma vaca, é bem menor. Cita ainda que estudos mostram que um boi precisa de um hectare de capim para se alimentar durante um ano e atingir entre 200 e 250 quilos. “Neste mesmo espaço, 60 ovinos podem pastar e produzir até 900 quilos de carne”, pondera.
Embora o cenário seja promissor, Samantha reforça que o consumo de carne ovina ainda é tímido no Brasil: 0,7 a 1 quilo por pessoa ao ano, conforme dados de 2013 do Sebrae de São Paulo. Mesmo assim, o País precisou importar, naquele ano, 7 mil toneladas de carne ovina do Uruguai (maior mercado produtor do mundo) para abastecer o mercado interno, também segundo informações do Sebrae-SP.
“Os pecuaristas não têm aderido de forma efetiva à ovinocultura também por falta de conhecimento; de estruturação da cadeia – faltam cooperativas, e assistência técnica qualificada; plantas de abatedouros nas proximidades da propriedade rural; dentre outras”, ressalta a técnica.
Com informações da SNA.