Durante a 6ª Conferência Nacional de Arranjos Produtivos Locais, que aconteceu em Brasília, no início deste mês, o consultor da empresa Datamérica (especializada em pesquisa e projeções de mercado), Carlos Magno, afirmou que além da Nova Zelândia e Austrália, líderes na produção de carne de caprinos e ovinos, o Brasil é o país com maior potencial de crescimento. A explicação foi dada após a apresentação de um estudo sobre a cadeia produtiva do setor.
De acordo com Magno, o Brasil produz, atualmente, 80 mil toneladas ao ano, incluindo a produção formal e uma estimativa da informal. Para ele, os fatores que colocam o Brasil em vantagem sobre os demais países são: a tradição e experiências no sistema produtivo, o baixo preço das terras para criação e os avanços tecnológicos necessários para o desenvolvimento lucrativo. “Muitos países não tem clima favorável, ou terras disponíveis”, resumiu o pesquisador.
O estudioso da Universidade Federal da Bahia, Carlos Lacerda, analisou a cadeia de ovinocaprinocultura no mundo e pontuou alguns dos aspectos mais importantes: há promoção dos produtos e incentivo ao consumo e há uma preocupação intensiva com o uso de novas tecnologias e melhoria de matrizes. “Um detalhe importante é que quem lidera a cadeia são os produtores e a indústria em igual importância”, salientou Lacerda.
Para o presidente da ABCOS, Bruno Garcia Moreira, a ovinocultura brasileira e em especial a raça Suffolk tem uma grande possibilidade de crescimento, sobretudo na produção de carne. “A ABCOS, junto com seus criadores tem alinhado um perfil genético da raça para que possamos chegar a melhor carcaça e consequentemente, aos melhores preços e a expansão na ovinocultura brasileira”, defende.
Com informações do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, promotora do evento.