O colunista Danilo Ucha, do Jornal do Comércio, escreveu um artigo no dia 27 de maio, bastante otimista sobre a ovinocultura no Rio Grande do Sul. Confira:
Os municípios de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, que no passado foram grandes produtores e exportadores de lã e genética, antes da crise internacional do preço da lã nos anos de 1960, querem retornar àqueles bons momentos econômicos, aproveitando a volta do bom preço para a lã e o crescimento do consumo de carne ovina no País. Aderiram ao programa de incentivo à ovinocultura Pró-Cordeiro, com o objetivo, segundo o prefeito de Unistalda, José Amélio Ucha Ribeiro, de aumentar o atual rebanho de 100 mil ovinos.
O programa, desenvolvido por Emater e Senar, com apoio do Sindicato Rural que engloba os três municípios, capacitará produtores, desenvolverá o espírito associativo, promoverá melhoria genética dos rebanhos, aumentará a produção de cordeiro e incentivará o consumo de carne ovina, garantindo juro subsidiado, até R$ 30 mil, para os participantes.
Só para dar uma ideia do bom momento da ovinocultura, o preço do cordeiro chegou a R$ 5,20 o quilo vivo, acima do preço do boi, R$ 4,20; o quilo da lã fina de qualidade, que caiu a US$ 0,70 nos piores momentos da crise, nos anos de 1960, voltou aos patamares de US$ 18,00, conforme conseguiu Ana Arocha, da Cabanha Infantada, pelo quilo de lã de Merino Australiano. “Quem vendeu tesouras, na ilusão povoeira, volte para a fronteira para se encontrar”, como diz o poeta Telmo de Lima Freitas na música Esquilador.