O Rio Grande do Sul é o primeiro estado no País a contar com um programa voltado à sanidade ovina. No último dia 22 de fevereiro, no Parque de Exposições de Jaguarão, na 41ª Exposição de Ovinos Meia Lã, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, lançou o Programa Estadual da Sanidade Ovina (Proeso). O programa visa ampliar o controle sanitário do rebanho ovino gaúcho e, com isso, ampliar as possibilidades de comercialização.
O Programa surgiu da necessidade de atacar enfermidades que comprometem a saúde e a comercialização dos animais. Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi elaborado a partir de demanda da Câmara Setorial da Ovinocultura ao longo de dois anos de debates entre universidade e técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA). Nesse período, eles estudaram programas sanitários de outros países ovinocultores e doenças de notificações obrigatórias que ainda não faziam parte da legislação estadual.
Entre os objetivos do Programa estão controlar, erradicar e prevenir doenças. Num primeiro momento, vai tratar da sarna e “piolheira” e a epididimite ovina. A epididimite causa declínio na eficiência do sistema de produção por reduzir ou até anular a fertilidade dos carneiros. Por meio da Portaria 163/2013, a SEAPA colocou o programa em Consulta Pública.
O secretário da Agricultura destacou, no lançamento, que esta é mais uma medida do Governo Gaúchoinserida no programa de fortalecimento da ovinocultura. “Temos o Mais Ovinos no Campo que é um sucesso e tem contribuído para impulsionar o aumento do rebanho. Desenvolvemos em parceria com a Arco e outras entidades, uma série de ações que buscam atualizar o produtor, melhorar a qualidade dos produtos e, com o Proeso, atacaremos a questão da sanidade, fundamental para nos habilitar a uma presença mais intensa em outros mercados”, explicou Mainardi.
“Somos o único estado da federação que tem e sempre teve legislações próprias para a sanidade ovina devido à importância histórica dessa criação para a economia gaúcha. Até o final da década de 80 possuíamos uma população de mais de 13 milhões de ovinos. Com o passar dos anos este número decresceu. A criação do Mais Ovinos possibilitou que saíssemos de 3,5 milhões para mais de quatro milhões de animais em dois anos”, afirma Mainardi.
O funcionamento
O Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) certificará estabelecimentos que aderirem e atenderem requisitos sanitários específicos de enfermidades regulamentadas pelo programa. Em princípio, a adesão será voluntária. Um comitê será responsável pelo gerenciamento. Participarão os serviços veterinários oficiais do Estado e da União, instituições de pesquisa e ensino, associações de criadores e o setor produtor.
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