A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Associação Sul-mato-grossense de Criadores de Ovinos (ASMACO) e a Câmara Setorial Consultiva da Ovinocaprinocultura do Estado, entregou ao Governo do Mato Grosso Sul um documento com medidas para estimular o desenvolvimento da ovinocultura no Estado. Entre as demandas, as entidades pediram a redução do ICMS para criadores de ovinos cadastrados no Programa de Avanços na Pecuária (PROAPE-MS). O documento foi entregue na última terça-feira (19), na Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar (SEPAF).
A ideia de formalizar a solicitação ao Governo do Estado surgiu a partir da realização do 13º Simpósio de Ovinocultura, realizado em abril, quando foram apresentadas algumas propostas para melhoria da cadeia. “Com alíquota menor (do ICMS), o produtor cadastrado no programa consegue melhor preço na negociação do animal, o que estimula o surgimento de novos criadores de ovinos”, explica o presidente da FAMASUL, Nilton Pickler.
Outra demanda é o aumento do incentivo para os produtores abaterem os animais dentro do Estado, o que resultaria também no fortalecimento da indústria. “O mercado interno tem demonstrado interesse neste segmento. Frigoríficos que antes abatiam apenas suínos, se adequaram e hoje atendem também a demanda de ovinos. O interesse é reflexo da qualidade e facilita a logística no transporte do animal”, ressalta a médica veterinária, Ana Cristina de Andrade Bezerra, secretária da ASMACO.
Para o Secretário, Fernando Lamas, a ovinocultura alcança uma nova fase em Mato Grosso do Sul. “A proposta de mudança apresentada pelas entidades ligadas ao setor movimenta a produção de ovinos e provoca a expansão da atividade”, explica. O documento será apresentado pelo Secretário ao governador, Reinaldo Azambuja.
Desde 2013, o Sistema FAMASUL, junto a outras entidades, criou um sistema denominado Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate (PDOA). O sistema é inédito e organiza a ovinocultura do Estado, possibilitando reunir os animais de diferentes produtores para o abate em um único local, facilitando o escoamento para as indústrias frigoríficas e a inspeção animal. “Mato Grosso do Sul é o único estado que tem o método formalizado. É cada vez maior a busca de informações sobre o programa, que se tornou um exemplo para outros estados”, destaca o médico veterinário da FAMASUL, Horácio Tinoco.