No dia 30 de novembro de 1933, a ARCO registrou o animal KIRTON BRAZILIAN, nascido na Inglaterra. Esse foi o primeiro Suffolk no Brasil, importado pelos criadores Arthur Lopes Villamil de Castro e Demétrio Mércio Xavier, de Dom Pedrito (RS). Assim começa a história do Suffolk no Brasil, uma das raças de ovinos mais populares do País e que está ganhando cada vez mais admiradores.
Quase 82 anos depois, a ABCOS encontrou os descendentes dos primeiros criadores de Suffolk. Trata-se de Arthur Lopes Villamil de Castro (que leva o mesmo nome do avô e é sobrinho neto de Demétrio Mércio Xavier) e Guilherme Villamil de Castro, neto e bisneto, respectivamente. No último dia 02 de setembro, o Guilherme, mais novo dos Villamil, recebeu uma homenagem da ABCOS durante o jantar de confraternização da associação, na Expointer 2015, em Esteio (RS).
Guilherme, que estuda Marketing, em Porto Alegre (RS), contou que seu pai deu continuidade a tradição da família e cria Suffolk em Dom Pedrito. “Eu agradeço a homenagem e me sinto muito horando em pertencer a família que trouxe uma raça tão forte para o Brasil. Obrigado a todos vocês e que a raça Suffolk seja cada vez mais forte na ovinocultura”, disse.
No início do século XX, o Suffolk já era considerado um ovino de excelência, terminador e com boa conformação de carcaça. De acordo com Guilherme, seus ascendentes queriam ter uma nova criação de ovinos e encontraram o Suffolk. “Acredito que o motivo da importação do Suffolk seria para começar nova criação, mas também introduzir melhoramento genético no rebanho de ovinos daquela época”, explicou.
Segundo ele, o Suffolk esteve presente em feiras do Estado de São Paulo. “Villamil e Xavier tinham uma parceria pecuária onde criavam ovinos Suffolk e bovinos Aberdeen Angus. Sei, também, da participação, em exposição e feira, com carneiros Suffolk em São Paulo, no Parque de Água Branca, na capital, talvez em 1938 ou 1940, que foram levados de trem de Dom Pedrito para São Paulo”, contou.
Guilherme disse que o Suffolk está cada vez mais voltado para as características inglesas e isso é um aspecto positivo para a raça. “É Extremamente importante o retorno às origens inglesas, pois considero o Suffolk um animal com mais carcaça, consequentemente mais produtivo. Para mim é um privilégio e uma honra ser descendente de Villamil e Xavier, que iniciaram a criação do Suffolk no Brasil”, ressaltou.