As condições de clima quente com chuvas esparsas têm contribuído para o aumento da população da lagarta Spodoptera sp. A praga nova nas pastagens, uma vez que ela se alimenta de diferentes culturas (polífaga), contudo o algodoeiro e nas lavouras de milho são os principais focos dos danos causados por ela.
De acordo com o pesquisador na área de entomologia da Embrapa Agrossilvipastoril do Mato Grosso, Rafael Pitta, na natureza é comum à ocorrência de ciclos de alternância com maiores populações entre espécies de insetos. Esta é uma forma de enfrentar a competição entre elas. O clima quente, com chuvas entremeadas por períodos longos de estiagem, como tem ocorrido em boa parte do estado, também contribui para este aumento populacional.
O pesquisador explica que não há um nível de controle bem definido para esta praga em pastagem, por isso o criador deve estar atento. “O pecuarista precisa acompanhar sua pastagem semanalmente e observar se está encontrando a lagarta. Se houver e elas estiverem causando a desfolha, ele deve fazer o controle”, explica Pitta.
No controle da Spodoptera sp. é que reside a ameaça aos animais. Uma das alternativas é o controle biológico, utilizando o Bacillus thuringiensis, cujo risco aos animais é baixo. Outra forma é o controle químico. “No caso de aplicação de inseticidas químicos é preciso respeitar o intervalo de segurança, que é específico para cada produto. Só então o pecuarista deve retornar com os animais na área”, alerta o pesquisador da Embrapa.