No início deste mês, criadores de ovinos se reuniram no Sindicato Rural de Cachoeira do Sul (RS), para assinar o ermo de adesão do Programa Juntos para Competir. O Programa é uma parceria entre Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), que tem o objetivo de capacitar os produtores tecnicamente e desenvolver a atividade agropecuária, proporcionando o aprendizado de gestão da propriedade como um todo. Neste caso a atividade desenvolvida será a criação de ovinos com foco na produção de carne para comercialização.
De acordo com a Diretora da Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária (SMAP), Luciane Muller, o programa pode se estender por até três anos, manifestado o desejo do grupo e do município. “Fazer parte deste programa era uma das metas da SMAP que desde 2012 esperava para ter a inclusão do município nesta atividade. Tivemos a adesão de 13 produtores no dia da primeira reunião e até o dia de hoje já são 18”, afirmou.
“Uma das metas é profissionalizar a criação e legalizar o abate de ovinos em nosso município, visando agregar mais valor ao produto final e também aumentar a oferta do mesmo, visto que em muitos casos os mesmos ainda são abatidos nas propriedades, o que dificulta sua comercialização em virtude da falta de inspeção sanitária”, afirmou o prefeito, Neiron Viegas.
Segundo o produtor rural, criador de ovinos e presidente da ARCO, Paulo Schwab , a ovinocultura é uma atividade que promove inclusive a inclusão social, pois se aproveita praticamente tudo da ovelha, desde o leite até o couro e a lã, que são usados na produção de vestuário e também para o artesanato. De acordo com ele, estudos recentes comprovam que a carne ovina também é rica em ácidos graxos como o ômega3.
Schwab ainda frisou que está sendo desenvolvido um selo de qualidade para a carne ovina oriunda do Rio Grande do Sul, proporcionando um reconhecimento a nível nacional e internacional do produto. “Porém a ovelha não é uma vaca pequena”, brincou Schwab. “Ela necessita de cuidados diferentes dos bovinos, mas quando são observados o manejo e as técnicas corretas de criação é uma atividade lucrativa”, explicou.
De acordo com os criadores, a demanda por carne ovina é maior do que a oferta atual, que também é muito sazonal, não tendo constância ao longo do ano. A intenção, segundo eles, é abater pelo menos 25 cabeças semanalmente no frigorífico Frigomai, que está situado no distrito de Três Vendas, mas a intenção é ampliar para um número.
Com informações da Rádio Fandango.