O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lançou o boletim técnico “Sanidade na Ovinocultura II”. A publicação busca informar os produtores sobre as enfermidades que podem acometer a criação desses animais.
De coordenação das pesquisadoras do IB, Daniela Pontes Chiebao e Adriana Hellmeister de Campos Nogueira Romaldini, a edição apresenta as seis afecções parasitárias e infecciosas mais relatadas por produtores de ovinos, como brucelose, lepstospirose, taxoplasmose, listeriose, linfadenite caseosa e verminoses.
No total são 20 afecções incluindo o volume I, disponível para compra (não há versão para download do volume 1). Na segundo edição, totalmente online e gratuito, são indicados sintomas, diagnósticos e tratamentos a fim de evitar a contaminação do rebanho. Além disso, também são apontadas recomendações para o envio de materiais para análise laboratorial.
Segundo a pesquisadora do IB, Daniela Pontes, o boletim técnico “Sanidade na Ovinocultura II” é a continuação de um trabalho anterior que almeja dar suporte aos produtores rurais e demais interessados na área, sobre as principais enfermidades a fim de ajudá-los a prevenir a contaminação dos animais. “Também esperamos com esse trabalho contribuir para a criação de um programa estadual de controle de enfermidades de ovinos, projeto muito necessário para a ascensão da ovinocultura paulista”, afirma.
Nos últimos dez anos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, ocorreram mudanças significativas para a consolidação da cadeia produtiva, que começou a se organizar em bases empresariais e escalas maiores. O Estado de São Paulo passou a abrigar mais da metade dos estabelecimentos agropecuários do setor e 62% dos ovinos produzidos no Sudeste, o que corresponde a 3,6% do total nacional.
Esse incremento, segundo as pesquisadoras do IB, despertou mais atenção de técnicos e produtores por mudanças significativas na intensificação da pesquisa voltada para produção de animais e beneficiamento de seus produtos, além do crescimento do nível de organização dos produtores, aumento da absorção de novas tecnologias, ampliação da atuação de agentes financeiros e aumento da demanda por produtos derivados de ovinos e caprinos, atendendo consumidores de classe A e B.