A história da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) se confunde com a história da ovinocultura do Brasil, dos anos em que se cruzavam campos e mais campos a cavalo, até agora quando a modernidade, a Internet e a fibra ótica encurtam todas as distâncias, ajudando a promover cada vez mais a congregação dos ovinocultores deste País.
Talvez aqueles visionários e apaixonados criadores de ovinos da região dos pampas gaúchos não tivessem a verdadeira noção das suas ações nos idos de 1942, e que a criação da então Associação Riograndense de Criadores de Ovinos se tornaria em pouco tempo a Associação que congregaria todos os criadores de ovinos do Brasil, a ARCO.
Em 18 e janeiro de 1942, reunidos durante a III Exposição Estadual na cidade de Santana do Livramento, sob a presidência de João Farinha nascia a ARCO – Associação Riograndense de Criadores de Ovinos, com a finalidade de congregar todos os criadores de ovinos do Estado do Rio Grande do Sul (RS) e trabalhar na classificação e melhoramento dos rebanhos e plantéis de ovinos no RS.
Depois de anos de um profícuo trabalho, a entidade gaúcha passou a ter status de nacional em 1975 e em 1977 recebeu o nº de inscrição de entidade nacional, através da Portaria nº 14, de 08 de junho de 1977, do Ministério da Agricultura.
A ARCO é uma entidade de expressiva representatividade e exerce um importante papel na seleção e aprimoramento das raças ovinas, chancelando o trabalho dos criadores brasileiros no melhoramento genético dos seus plantéis. O presidente da entidade, Paulo Afonso Schwab diz que “desde sua criação, a ARCO tem se pautado por trabalhar na assistência técnica e, de certa forma, na extensão rural do setor, buscando auxiliar os produtores no trabalho de seleção genética e aprimoramento do rebanho”.
Hoje a entidade tem mais de 3000 associados nos 26 estados brasileiros e Distrito Federal e no seu arquivo zootécnico estão registrados 1.500.819 animais de 28 raças.
“Agora cada vez mais com o foco voltado a organização da cadeia e fomento da produção, ganhamos mais responsabilidade de direcionar a ovinocultura para a posição de destaque que ela sempre mereceu ter no Brasil”, diz o presidente e ainda, ressalta, “começamos este caminho fazendo o tema de casa, buscamos estruturar a parte administrativa, treinando todo o pessoal operacional para a melhoria no atendimento às necessidades do nosso associado e trabalhando no aperfeiçoamento de nosso banco de dados, permitindo agilidade e facilidade de acesso tanto para os produtores, quanto para os inspetores técnicos”.
Assim a ARCO se fortalece cada vez mais como entidade nacional de ovinocultura e atua de forma incisiva nas várias câmara setoriais da ovinocultura , regionais, estaduais e nacional.
“No ano em que a nossa ARCO comemora seus 75 anos de fundação e ter a honra de estar na presidência neste momento é um fato que marca efetivamente minha vida. Perceber que parte da minha trajetória como criador foi contribuindo para o crescimento da nossa entidade é algo do qual, humildemente, me orgulho Mas isto não é nada se pensarmos no esforço de todas as pessoas, que direta ou indiretamente, estiveram juntos, contribuindo, colocando os tijolos na estrutura para formar a Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos. Entidade que é hoje, a representação do setor, em todos os níveis governamentais e privados, sempre sendo chamada a dar a contribuição quando o assunto é Ovinocultura”, conclui Schwab.
Fonte: ARCO.