A Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou nota no último dia 11, posicionando-se contra a o pedido feito ao Ministério da Agricultura (Mapa) pelo Paraná para que o estado seja reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação. O Governo do Estado pretende iniciar o processo para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2017.
A entidade defende que o fim da vacinação deve ser feito em bloco, com os demais estados com os quais o Paraná faz fronteira, como Mato Grosso do Sul e São Paulo. A Abrafrigo subscreveu um documento, que será encaminhado ao Governo do Estado, com esta solicitação. A justificativa é que, ao ser declarado área livre de vacinação, o Estado não poderá adquirir animais e produtos de origem animal de outros Estados.
“O Paraná adquire quase todos os animais de engorda em outros locais e, com o fim da vacinação, a pecuária local ficará menor ainda”, argumenta a associação. As vantagens econômicas deste processo não estão claras, argumenta a Abrafrigo. “Santa Catarina já é área livre de aftosa sem vacinação há oito anos e os resultados econômicos até agora são semelhantes aos dos estados com vacinação no preço médio e na quantidade dos produtos exportados”, em nota.
Considerando os suínos, o estado exportava 189 mil toneladas em 2007, quantidade que recuou para 182 mil toneladas em 2014. O preço médio obtido era de US$ 1.747 por tonelada que subiu para US$ 3.232 atualmente, “algo não muito diferente do Paraná, cujo preço médio é de US$ 3.090 por tonelada”.