Com dois anos em funcionamento, o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Ovinocultura de Corte proporcionou crescimento em produção, produtividade e rentabilidade, estimulando a expansão e o desenvolvimento da atividade nas propriedades rurais do Estado de Santa Catarina. A informação foi transmitida pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) José Zeferino Pedrozo durante oSeminário de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Ovinocultura de Corte, na última semana, em Lages (SC).
Cerca de 400 produtores rurais participaram do evento que ocorreu junto com o 19º Encontro Estadual da Ovinocultura. A iniciativa foi do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com a Associação Catarinense de Criadores de Ovinos e o Sindicato Rural de Lages.
A ATeG em ovinocultura de corte trabalha com a gestão, sanidade, pastagem, nutrição e genética dos rebanhos de ovinos. “Os produtores recebem consultorias tecnológicas e gerenciais nas quais são realizados o inventário e o projeto técnico produtivo por propriedade. Além disso, têm acesso a oficinas técnicas que possibilitam a troca de experiências”, salientou Pedrozo.
O rebanho total de animais das propriedades atendidas pela ATeG é de 10.048 animais. Em 2018, foram comercializados 2.960 animais e o faturamento aproximado das propriedades atendidas foi de R$ 850.000,00.
“Observamos, por meio do programa, um aumento na taxa de prenhez de 96% em 2017 para 98% em 2018. A taxa de natalidade subiu de 126% para 128%. A melhoria registrada no desmame foi de 118% para 124%. Tudo isso é reflexo das visitas técnicas e gerenciais oportunizadas pela ATeG. Outro resultado importante foi com relação ao custo de produção que reduziu de R$ 5,29 para R$ 4,85 por quilo do animal”, comemorou Pedrozo.
O coordenador estadual do programa, Antônio Marcos Pagani de Souza, salientou a importância que a ATeG tem para o desenvolvimento da ovinocultura de corte, visando torna-la autossustentável em Santa Catarina. “É uma atividade extremamente rentável e com custo de produção baixo. Nossa expectativa é de que com a contribuição do programa novos produtores venham a se interessar pela ovinocultura produzindo animais diferenciados e que proporcionem ao mercado uma carne de alta qualidade”, salientou.
Para o presidente do Sindicato Rural de Lages Marcio Cícero Neves Pamplona, a metodologia da ATeG tem contribuído exponencialmente para o crescimento da ovinocultura no Estado e ressaltou a importância da aliança entre o Sistema Faesc/Senar e os Sindicatos Rurais para o sucesso da atividade. “Somos braços de uma espinha dorsal que muito tem contribuído para o agronegócio catarinense. O Sistema Faesc/Senar tem inovado as propriedades rurais levando ao campo o que de mais atual existe em conhecimento e tecnologia”.