Plano Safra gaúcho garante R$ 2,74 bilhões para investimentos na Agropecuária

Plano_Safra2014_1Na semana passada, foi anunciada a quarta edição do Plano Safra, no Rio Grande do Sul. O programa tem 66 medidas de apoio à agricultura e prevê R$ 2,74 bilhões, que serão utilizados para investimento, custeio e comercialização. A maior parte será disponibilizada pelo Banrisul (R$ 1,6 bilhão), Badesul (R$ 390 milhões) e BRDE (R$ 390 milhões). As secretarias da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) complementam os investimentos com R$ 390 milhões.

Mais da metade das ações (37) direcionadas ao desenvolvimento territorial e ao combate às desigualdades regionais, o Plano Safra deste ano tem a meta de beneficiar 300 mil famílias. O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, disse que os números positivos conquistados pelo Rio Grande do Sul, que registrou alta do PIB de 3,2% no primeiro trimestre, são resultado do trabalho no setor. “O Plano Safra é bom para os nossos agricultores, mas também para a economia do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Scapini apresentou as principais políticas desenvolvidas pela pasta. Ele destacou os investimentos previstos para melhorar a energia no campo, o apoio à agricultura familiar e camponesa, o programa de regularização fundiária e assistência técnica no campo. O secretário disse que o alinhamento dos Planos Safras estadual e federal atende públicos diversos, como indígenas, quilombolas e pescadores. “Houve investimentos na qualificação da reforma agrária e dos assentamentos”, disse.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, explicou as diferenças entre os Planos Safra estadual e nacional. “Enquanto o nacional é mais focado em crédito, políticas de garantia de preços, que são importantes, o Safra estadual tem um conjunto de medidas que fazem com que esse crédito chegue [ao produtor] e seja aplicado com assistência técnica, buscando a orientação da pesquisa agropecuária, e vão se traduzindo em investimentos que dialogam com a qualidade de vida”, afirmou

Fundovinos
A partir de um panorama mais abrangente, o Fundo de Desenvolvimento da Ovinocultura (Fundovinos), criado em 1998, é o principal programa gaúcho de fomento da ovinocultura. Do rebanho total de 13,5 milhões nos anos de 1980, o setor contabilizava pouco mais de três milhões em 2010. Com o programa, diminuiu em 53,3% o índice de abate de fêmeas, que até quatro anos atrás era de 210,9 mil contra os atuais 92 mil. De lá pra cá, houve incremento de quase meio milhão no rebanho.

A perspectiva é crescer 5% ao ano, ou seja, mais 210 mil animais. “Se considerarmos que ovinocultura passou por longo período esquecida pelo poder público, estamos tendo um avanço significativo. Precisamos agora continuar trabalhando para ter quantidade compatível com o mercado”, apontou Fioreze.

“A demanda atual é maior do que a oferta”, acrescenta José Galdino, coordenador da Câmara Setorial da Ovinocultura da Seapa. “Precisamos de volume para que a cadeia se organize. A produção em maior escala é fundamental para ter uma indústria trabalhando normal. Só assim chegaremos a uma boa comercialização”, disse.

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